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Dossiê Cultura Fílmica Plural da Revista Periodicus

Foi publicado o Dossiê Cultura Fílmica Plural da Revistra Periodicus – Universidade Federal da Bahia. A produção foi organizada por Amaranta César (Doutorado em Cinema e Audiovisual pela Universidade de Paris III / Professora adjunto de Cinema e Audiovisual da UFRB), Carol Almeida (Doutorado em Comunicação na UFPE/ Pesquisadora independente), Janaína Oliveira (Doutorado em História Social da Cultura, PUC-Rio/ IFRJ/FICINE), Kênia Freitas (Doutorado em Comunicação…

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Lançamento do catálogo “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito”

Em junho de 2022, foi lançado o catálogo do fotógrafo Walter Firmo junto da exposição que acontece no Instituto Moreira Salles. A produção conta com a participação dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno Gomes e do diretor artístico do IMS, João Fernandes. Além de entrevistas do artista com os curadores, há uma conversa entre Walter Firmo e o jornalista Nabor Jr presente no catálogo.…

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Minicurso QuilomboCinema com Tatiana Carvalho Costa

Os minicursos do FICINE estão de volta! Vamos abrir nossas atividades do semestre com o minicurso “QuilomboCinema”, ministrado pela professora e pesquisadora Tatiana Carvalho. “QuilomboCinema” propõe uma abordagem à cultura fílmica e à realização audiovisual por meio da noção de aquilombamento em sua dimensão conceitual, a partir das formulações de Maria Beatriz Nascimento e Abdias do Nascimento, e seus desdobramentos para a compreensão da dimensão…

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Med Hondo, Sem Fronteiras

Revolucionário, indócil, anticolonial, rebelde, militante. Esses são alguns dos adjetivos que com frequência são usados para falar de Med Hondo. Ainda que todos possam ser atribuídos ao diretor, nenhum deles é capaz de abarcar completamente a obra deste que é um dos cineastas mais talentosos que a história dos cinemas já conheceu. Isso porque, antes de mais nada, sua obra é singular e também complexa.…

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Grace Passô: acolher, expandir, transfigurar

Grace Passô é uma atriz. Grace Passô é uma atriz, dramaturga. Ela é atriz, dramaturga, diretora. Grace Passô é cineasta. Grace Passô é uma mulher negra no Brasil. Grace Passô é um corpo-pensamento que escreve com imagens, transfigurando os códigos da linguagem no teatro, no cinema, em experimentos sonoros a partir de uma consciência do que alguém como ela é num mundo como o de…

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Minicursos no 14º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul com Janaína Damaceno e Kênia Freitas

Entre os dias 11 de Outubro e 21 de Outubro deste ano, estão abertas as inscrições para minicursos da 14a edição do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. O Minicurso Fotografia e Memória será com a filósofa e doutora em Antropologia pela USP Janaina Damaceno, presencialmente, nos dias 29 e 30/10, no Centro AfroCarioca. O objetivo desse curso é abordar a produção visual de fotógrafos…

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66ª edição do Flaherty Film Seminar com Janaína Oliveira

Em Julho de 2021 aconteceu a 66ª edição Flaherty Film Seminar. O seminário começou na década de 1950 – antes da era das escolas de cinema – quando a viúva de Robert Flaherty, Frances, reuniu um grupo de cineastas, críticos, curadores, músicos e outros entusiastas do cinema na fazenda Flaherty em Vermont. Por mais de sessenta anos, o Seminário Flaherty foi firmemente estabelecido como uma…

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Afrofuturismo no Cinema – Imaginando Futuros Negros com Kênia Freitas

A aula-oficina ministrada por Kênia Freitas propõe-se a discutir os desdobramentos estético-políticos do afrofuturismo no audiovisual. A apresentação é voltada para a formação do público interessado em pensar e/ou conhecer as artes e narrativas negras contemporâneas, em suas possibilidades educacionais, culturais e políticas.

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Cinema e negritude: restituições de territórios e invenções de pertencimentos

Sobre NoirBLUE: deslocamentos de uma dança (Ana Pi, 2018), Nome de Batismo: Alice (Tila Chitunda, 2017), Maré (Amaranta Cesar, 2018) e Galinhas no Porto (Caioz e Luís Henrique Leal, 2018) Tatiana Carvalho Costa com colaboração de Layla Braz Texto originalmente escrito para o catálogo do forumdoc.bh.2018. Disponível em: https://www.forumdoc.org.br/catalogos/catalogo_forumdocbh_%202018.pdf É preciso a imagem para recuperar a identidade. Tem-se que tornar-se visível. Porque o rosto de…

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Aula aberta: “Histórias dos cinemas por meio da crítica” com Kênia Freitas

A professora, crítica e curadora Kênia Freitas ministra a masterclass “Histórias dos cinemas por meio da crítica” do curso Críticas de Cinema, realizado pela Escola Itaú Cultural entre 8 de setembro e 15 de dezembro de 2021. Pensar a história do cinema por meio da crítica é ao mesmo tempo um exercício de revisão e ampliação do cânone crítico e de questionamento dos enunciados universais…

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QuilomboCinema: ficções, fabulações, fissuras

>>> De um lado do Atlântico (Milena Manfredini, 2020), Fartura (Yasmin Thayná, 2020), Nascente (Safira Moreira, 2020), Pattaki (Everlane Moraes, 2019) e República (Grace Passô, 2020) Texto originalmente escrito para o catálogo do forumdoc.bh.2020. Disponível em: https://issuu.com/forumdoc/docs/catalogo_forumdoc_2020_digital TATIANA CARVALHO COSTA¹ Cinema Negro Brasileiro Contemporâneo agencia testemunhos e articulações da identidade negra,sua memória e territorialidades, na contemporaneidade. Na última década, vimos crescer significativamente a presença de…

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Masterclass com Adélia Sampaio, mediada por Tatiana Carvalho Costa

Poderia um filme representar os desafios de se realizar cinema nos anos 80? A masterclass Dirigindo Amor Maldito ou a mulher que enfrentou o sistema propõem um estudo de caso sobre os desafios na realização deste longa-metragem, considerado um marco na história do cinema nacional por ser o primeiro filme de longa duração a ser dirigido por uma mulher negra no Brasil. Não bastante, o…

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Rotterdam e o cinema negro brasileiro: (parte I): texto do catálogo do IFFR para a Mostra “Soul in the eye”.

Soul in the eye – Zózimo Bulbul’s Legacy and the contemporary Black Brazilian Cinema Por Janaína Oliveira e Tessa Boerman Depois de Black Rebels em 2017 e do Pan-African Cinema Today (PACT) em 2018, Soul in the Eye é o terceiro programa que destaca os principais movimentos do cinema pan-africano. Voltamos aqui nossos olhos para o Brasil, a maior comunidade da diáspora africana no mundo…

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Rotterdam e o cinema negro brasileiro, o começo de tudo (parte I)

Dia 23 de janeiro começa a 48a edição do Festival Internacional de Rotterdam (IFFR) na Holanda e no dia 24 será o primeiro dia da Mostra Soul in the eye – Zózimo Bulbul’s legacy and the contemporary Black Brazilian cinema (“Alma no Olho – O legado de Zózimo Bulbul e cinema negro brasileiro contemporâneo”) com a exibição de 28 filmes, 4 longas e 24 curtas…

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Luz, raiva, ação! Kbela

Ponto de partida: Zózimo Bubul e seu brilhante “Alma no olho” (misteriosamente esquecido nos cursos e circuitos universitários de cinema) realizado com as sobras de película da produção de “Compasso de Espera”, filme protagonizado por Bubul e dirigido por Antunes Filho. Ali o corpo é a superfície viva sobre o qual deslinda-se uma trajetória, sobre o qual incidem olhares e valores, chibata e desejo sexual…

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Corporeidades, ativismo político e movimentos negros: uma análise do filme “Aniceto do Império, em dia de alforria”, de Zózimo Bulbul (PARTE 2)

PARTE 1 A política e o exemplo de Aniceto se fazem pela resistência, não somente presente no nome do sindicato, mas pela própria corporeidade na qual aquele senhor, estivador aposentado, sambista e compositor apresenta. Isso significa que o curta-metragem Aniceto do Império consegue articular uma expressividade política do protagonista em que a força corpórea é uma das chaves parainterpretar as possibilidades de várias frentes de…

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Tião

Clementino Junior, cineasta, professor de audiovisual, idealizador e criador do Cineclube Atlântico Negro é um dos nomes que desponta no cinema negro contemporâneo brasileiro. Sua relação com audiovisual vem de berço: ele é filho da atriz Chica Xavier e do ator Clementino Kelé. Mas foi do outro lado da câmera que se firmou na trajetória cinematográfica e já está em seu décimo-sexto filme dirigido. Tião…

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Corporeidades, ativismo político e movimentos negros: uma análise do filme “Aniceto do Império, em dia de alforria”, de Zózimo Bulbul (PARTE 1)

Michel Hanchard (2001) lembra que a partir da década de 1990, o Movimento Negro teve que repensar as maneiras de fazer política já que nesse momento se evidenciou uma série de interesses diversificados que compôs esse grupamento.  Algumas das diferentes demandas voltaram-se para as questões do feminismo negro, a visibilidade dos membros das religiões de Matrizes africanas e as diferentes formas estéticas em que o…

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Kemetiyu, Cheik Anta Diop

Kemetiyu – Cheik Anta Diop (2016) “Na África, cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”. A famosa frase do malinês Hampaté-Bâ, ainda que se refira aos saberes orais dos anciãos africanos, pode ser aplicada ao escritor multidimensional Cheik Anta Diop. Formado em áreas tão diversas quanto Física, Filosofia, Química, Linguística, História, Egiptologia, Economia, Sociologia e Antropologia, Diop tornou-se a principal referência dos…

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Eu preciso dessas palavras escritas

Dedos tentam afagar a luz. Palavras ressoam com gravidade e tornam-se matéria cerzida no tecido. No rosto, sentimos o vento que atravessa o canavial e balança as flanelas dos  barcos presos no cais. Por fim, sufocados, nós sofremos com o cativeiro. A palavra bordada deve ser vista, ouvida e tocada, tudo de uma só vez.  O filme  resgata está capacidade do nossos olhos e ouvidos…

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Para Zózimo, com carinho

Último Encontro de Cinema Negro com a presença de Zózimo. Foto: minhãs mãos por Ierê Ferreira A.Z. e D.Z.: assim poderia ser definida minha trajetória. Antes e depois do encontro com Zózimo Bulbul. Ainda que já tivesse visto aqui e ali alguns filmes africanos, foi através de Zózimo, dos filmes e cineastas que estiveram presentes nestes 10 anos de Encontro de Cinema Negro, que pude…

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10 anos do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, uma edição histórica

Por Janaína Oliveira, curadora convidada do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul. Há dois anos atrás, escrevi em um artigo* que o cinema negro no Brasil era um projeto em construção. Um projeto que, articulado às lutas históricas dos movimentos negros, demandava por mudanças na representatividade negra dentro e fora das telas de cinema no país. Naquele momento, após praticamente três décadas de existência, apontei…

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A POESIA UNIVERSAL NO CINEMA DE UM HOMEM AFRICANO: ENTREVISTA COM FLORA GOMES

Por Jusciele Oliveira e Maíra Zenun* Foi em janeiro de 2015 que nos conhecemos. Duas doutorandas, estudando a produção de cinema em África, que nunca se cruzaram no Brasil, mas que se viam reunidas com mais um grupo de 30 pessoas, entre docentes e discentes, durante a Escola Doutoral Fábrica de Ideias, que aconteceu em Lisboa, Portugal. Tratava-se de um curso avançado em estudos étnico-raciais,…

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Um confronto histórico entre Jean Rouch e Ousmane Sembène em 1965: “Vocês nos olham como se fossemos insetos”*

Este diálogo de 1965 se deu entre dois grandes cineastas – um senegalês, o outro francês – cujos principais filmes tem como tema a África. Na época da conversa, o francês Jean Rouch (1917-2004) estava na vanguarda do cinema europeu. Aclamado como um diretor etnográfico, Rouch foi o primeiro a usar o tema “cinéma vérité”, aplicando-o a “Crônica de um verão” (1960), seu filme mais…

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Ideias Pretas em Nuvens

Gostaria de utilizar esse espaço que me foi cedido para refletir um pouco sobre os acontecimentos atuais que envolvem parte do cinema negro brasileiro contemporâneo e também para analisar objetos que são poucos analisados aqui. Sairei do “cinemão” para falar da produção audiovisual para internet e do contexto que rodeia a produção e aquilo que acontece nos bastidores, fora das telas dos cinemas. Gostaria também…

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Soleil Ô, ou: viagem ao coração das trevas*

Soleil Ô (1967), de Med Hondo, é um filme tão atual quanto algumas das questões que aborda – o racismo, as heranças do colonialismo, a imigração, a diáspora, o exílio, a modernidade, o anonimato da experiência urbana etc. Mas é em sua abordagem dessas questões que o filme encontra sua contundência, que torna possível o transbordamento dos conteúdos históricos e políticos dos temas que representa por…

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Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano (parte 2)*

Os primeiros tempos do cinema africano:a criação dos Festivais de Cinema de Ouagadougou. A necessidade de descolonização das telas de cinema do continente está na base do movimento que faz surgir os festivais de filmes africanos. Foi pensando nesta dimensão que Tahar Cheriaa criou o primeiro festival de cinema do continente: as Jornadas Cinematográficas de Cartago, em 1966, abrindo assim não só uma janela para…

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Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano (parte 1)*

Introdução “Quando amamos o cinema, vivemos o FESPACO”. Lemos esta frase em uma faixa de rua eternizada em foto de Michel Ayrault[1]. A faixa, afixada em uma rua no centro de Ouagadougou, capital de Burkina Faso, nos fornece uma dica sobre a importância que este Festival possui para o cinema africano: amar o cinema (africano) é viver o Festival Pan-Africano de Cinema Televisão de Ouagadougou.…

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FICINE no CINEMAISON – 1a sessão

No dia 12 de abril ocorreu a primeira das quatro ocupações que  o FICINE realizará ao longo do ano de 2016 no CineMaison, cineclube da cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro. O início desta parceria não poderia ter sido melhor: o público, que compareceu em grande número, teve a chance rara de assistir em primeira mão à exibição em película do filme La noire de… (1966) do…

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Corpo negro-africano no cinema de Glauber Rocha (parte 2)

c. Há inúmeros elementos presentes no discurso fílmico de Barravento que denotam o olhar crítico do diretor em relação ao caráter alienante do caráter místico do povo negro. O mais explícito encontra-se no letreiro de abertura do filme: No litoral da Bahia vivem os negros puxadores de ‘xaréu’, cujos antepassados vieram escravos da África. Permanecem até hoje os cultos aos deuses africanos e todo esse povo é…

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Corpo negro-africano no cinema de Glauber Rocha (parte 1)

  a. Este trabalho se propõe ao exercício de compreender o caráter ambivalente da inserção do corpo negro e africano na produção estética de Glauber Rocha, sobretudo em dois de seus filmes que, em períodos e territórios distintos, lidam com a experiência direta de contato da câmera cinematográfica com a presença negro-africana. Os dois filmes em questão, Barravento (1962) e O leão de sete cabeças…

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CINEMA NEGRO – sobre uma categoria de análise para a sociologia das relações raciais (parte 2)

3. A quem interessa um cinema negro? O cinema é, sem sombra de dúvidas, um tipo de saber social. Ao ser tratado pela sociologia como objeto de estudo, é necessário que antes ele seja localizado, contextualizado e discutido, a partir da sua elaboração. Assim como qualquer outra forma de conhecimento. Inclusive por suas características mais primordiais, o cinema (áudio + visual) revela o quanto sua…

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CINEMA NEGRO – Sobre uma categoria de análise para a sociologia das relações raciais (parte 1)

1. Apresentação « São cada vez mais numerosos os filmes que trazem a sua história (de origem africana) para o ecrã. Todos esses realizadores transcendem a noção de estado-nação e os constrangimentos da etnicidade e das suas particularidades. Criam um espaço de diálogo e de definição de uma identidade negra híbrida.» (DIAKHATÉ, 2011: 122). Pensando nas formas de resistência que as populações negras, tanto da África quanto…

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Faces e Fases de Zanele Muholi (1)

Puleng Mahlati, Embekweni, Paarl, 2009. Foto de Zanele Muholi  © Michael Stevenson Gallery ( Zanele Muholi nasceu na África do Sul em 1972. Ativista lésbica, a artista ou ativista visual (como prefere se autodenominar) é uma das principais referências do movimento LGBT em seu país ao retratar o que ela mesma chama de  sexualidade queer negra (black queer sexuality). Neste e no próximo post falaremos um…

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Por um cinema africano no feminino (III): “Um foco sobre as Mulheres Burkinabês no Cinema”*

Dando sequência às publicações que visam divulgar a produção e a participação de mulheres africanas no cinema, o FICINE traz este post escrito pela diretora e pesquisadora Beti Ellerson. O texto foi publicado originalmente em African Women in Cinema Blog, um espaço criado para a discussão de diversos assuntos relacionados à participação das mulheres africanas no cinema que faz parte do Centre for the Study…

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Vozes femininas negras no curta moçambicano “Phatyma” (2010)*

* Artigo escrito em parceria com Edileuza Penha de Souza e Ceiça Ferreira Sou forte, sou guerreira, Tenho nas veias sangue de ancestrais.Levo a vida num ritmo de poema-canção,Mesmo que haja versos assimétricos,Mesmo que rabisquem, às vezes,A poesia do meu ser,Mesmo assim, tenho este mantra em meu coração:“Nunca me verás caída ao chão”. Trecho do poema “Ressurgir das cinzas”, de Esmeralda Ribeiro. É a história de…

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Rasgando a tela, quebrando a corrente

“O cinema é uma AR-15e nós negros brasileiros sabemos atirar”, afirmava Zózimo Bulbul, que destaca a passagem do negro, enquanto temática para a direção dos filmes. Deixando de estar à frente das câmeras para olhar de atrás delas, ao assumir a perspectiva da auto representação, Zózimo, Waldir Onofre e Antônio Pitanga, são atores que passam a realizar filmes na década de 70, tendo a temática…

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“Mãe dos netos” – Uma narrativa de afeto e memória no cinema africano

Ouça no vento / O soluço do arbusto: É o sopro dos antepassados. / Nossos mortos não partiram. Estão na densa sombra. / Os mortos não estão sobre a terra. Estão na árvore que se agita, / Na madeira que geme, Estão na água que flui, / Na água que dorme, Estão na cabana, na multidão; / Os mortos não morreram… ANCESTRALIDADE – BIRAGO DIOP…

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A continuidade do sonho de Zózimo: notas sobre VII Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe/Zózimo Bulbul

Terminou no último domingo, a sétima edição do Encontro de Cinema Negro Brasil, África e Caribe / Zózimo Bulbul. Este foi o primeiro Encontro após a morte de seu idealizador, o cineasta Zózimo Bulbul, em janeiro de 2013, cujo nome agora também integra o título do evento. Para os que, como eu, acompanham os Encontros desde a primeira edição em 2007, foi uma alegria ver…

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Por um cinema africano no femino (II): o FICINE na 3a edição das Journées Cinématographiques de la Femme Africaine de l’Image

O FICINE começou sua itinerância! Aconteceu entre 03 e 07 de Março durante a 3a JCFA, Journées Cinématographiques de la Femme  Africaine de l’Image, em Ouagadougou, capital de Burkina Faso. Foram cinco dias de filmes, debates, oficinas e o FICINE estava lá, representado por mim, Janaína Oliveira, e também por Janaína Damaceno. O convite para a nossa participação veio da direção da JCFA, através da…

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No país dos homens íntegros

Em 1984, a República do Alto Volta foi rebatizada pelo seu presidente Thomas Sankara – uma das maiores lideranças africanas, comparado na América Latina à figura de Che Guevara – como Burkina Faso ou o país dos homens íntegros, seu significado em morê e dioula, duas das principais línguas do país.  O “País dos homens íntegros”, tem como capital a cidade de Ouagadougou que significa…

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Ciné Guimbi: cinema e resistência em Burkina Faso

Não é só no Brasil que espaços dedicados à exibição de filmes são fechados e transformados em igrejas, estacionamentos e shoppings. Em Burkina Faso, assim como em outros países da África, este triste processo também anda amplamente em curso. Burkina Faso, país situado no centro-oeste africano e pouco conhecido dos brasileiros, é uma referência quando falamos em cinema africano. Acontece em sua capital o maior…

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7º Festival Lagunimages (2013) – Benim: cinema, culturas urbanas e o Brasil (Parte 2)

Em sua 7ª. edição, o Festival Lagunimages (Festival internacional de filmes, televisão e documentário do Benim) dirigido por Noudeou Noëlie Houngnihin, teve o Brasil como país convidado. Na programação de filmes brasileiros destacaram-se produções que mostram as relações e os encontros entre o Brasil e o continente africano como “Pedra da Memória” (2011) de Renata Amaral e “Ori” (1989) de Raquel Gerber. Interessante notar que…

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7º Festival Lagunimages (2013) – Benim: cinema, culturas urbanas e o Brasil (Parte 1)

O Festival Lagunimages – « Festival Internacional de Filmes, Televisão e Documentário do Benim” – foi criado em 2000 pela cineasta belgo-congolesa Monique Mbeka Phoba. Desde sua primeira edição, o festival bianual se afirmou como um evento em que os documentários de realizadores africanos têm destaque especial. Trata-se também do primeiro festival deste gênero criado no Benim. Em seu formato, há ênfase à produção de…

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Nada a perder ou a fotografia de Rotimi Fani-Kayodé (parte 2)

Esta é uma tradução livre de Traces of Ecstasy, uma manifesto do fotógrafo Anglo-Yorubá Rotimi Fani-Kayodé, publicado em 1987, quando o autor contava com 32 anos. Você encontra a primeira parte da tradução aqui. Traços de ênfase “Uma consciência histórica têm sido de fundamental importância no desenvolvimento de minha criatividade. A história africana e dos negros têm sido constantemente distorcida. Mesmo na África, minha educação…

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Nada a perder ou a fotografia de Rotimi Fani-Kayodé (parte 1)

“Homens negros do Terceiro Mundo ainda não revelaram, nem para seu próprio povo, nem para o Ocidente um fato chocante: eles podem desejar um ao outro.” Rotimi Fani-Kayodé. Faz um tempo que eu queria escrever um post sobre o Rotimi Fani-Kayodé, um dos meus fotógrafos prediletos. E num momento em que ser gay tornou-se crime na Nigéria, acho que lembrar de Kayodé vem muito a…

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Um ano sem Zózimo Bulbul

Em 24 de janeiro de 2013, faleceu Zózimo Bulbul, o grande símbolo do Cinema Negro no Brasil. O FICINE tem em Bulbul uma fonte de inspiração. Por este motivo, criamos aqui em nossa página um espaço permanente dedicado à obra de Bulbul. Não só como homenagem ao mestre, mas também como forma de contribuir para o fim da invisibilidade que infelizmente marca os feitos dos negros e…

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Cinema Negro e Pesquisa Acadêmica

Quando pensamos em criar o Ficine, uma de nossas preocupações era realizar um levantamento acerca da produção cinematográfica e acadêmica sobre o cinema negro e o negro no cinema brasileiro, pois não havia esse levantamento sistematizado em nenhum local. Percebemos, logo de cara, que desde 2000 vem crescendo o número de pesquisadores – sobretudo no que se refere ao cinema africano – a biografia de…

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Por um cinema africano no feminino (I): as Jornadas Cinematográficas da Mulher Africana (JCFA)

Este post faz parte de uma série de publicações do FICINE que tem a participação das mulheres nas cinematografias africanas como foco. Começamos por apresentar as JCFA: Journées Cinématographiques de la Femme Africaine de l’Image, que acontecem a cada dois anos em Burkina Faso. —— Em 1991, durante a 12a edição do FESPACO (Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou), as profissionais da indústria cinematográfica participaram…

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Quênia, São Silvestre, Cinema e muito mais!

Adoro atletismo e sempre fico torcendo pelos corredores quenianos na São Silvestre. Fico lembrando que já tentei a vida no salto em altura e ganhei uma medalha no salto em distância e nos 400m, quando estava na equipe do Omar Sabbag, meu colégio em Curitiba. Todo ano depois da São Silvestre prometo que vou correr a próxima, que vou voltar ao esporte e tal, o que…

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Um Perfil de Sarah Maldoror

Você ainda não ouviu falar de Sarah Maldoror (1938)? Pois bem, ela é uma das principais (e primeiras) cineastas de África e tem uma extensa obra ainda pouco conhecida no Brasil. Um dos seus principais filmes, Sambizanga (1972), retrata o papel da mulher durante a guerra civil de Angola onde a cineasta viveu durante anos. O roteiro do filme foi escrito com Mário Pinto de…

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Cerzideira de memórias: narrativas do dilaceramento em Contos Cruéis de Guerra, de Ibéa Atondi

1. A cena da memória como interpretação de si As mais antigas representações da memória evocam uma capacidade que teria o corpo de guardar – em algum lugar sempre insondável – o acontecimento vivido e acessá-lo quando necessário. Por isto a memória sempre foi alegorizada por objetos que remetiam à noção de profundidade e obscuridade: arcas, baús, fundos de bibliotecas, caixas, dentre outros recônditos (DRAAISMA,…

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Forro ou Fugido

“Brinquedo de nego forro fugido é abrir roda para mostrar que tudo é caça e caçador”. A frase define muito bem a complexidade da formação e posição social do negro brasileiro, evidenciado na manifestação cultural Nego Fugido, do distrito de Santo Amaro, região do recôncavo baiano. Essa manifestação é inscrita na imagem fílmica do curta-metragem baiano Nego Fugido (2009), de Cláudio Marques e Marília Hughes.…

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Um Continente nas Ruas Estreitas

DIAWARA, Manthia. African Film. New Forms of Aesthetics and Politics. Prest Verlag. Munich – Berlin – London – New York, Haus der Kulteren der Welt. 2010. 319.p. “Era um outro país, cujos gestos excitantesEu conhecia mas não conseguia relacionar com minha mente,Como a amnésia de minha mãe; respostas intraduzíveisAcompanhavam estes espíritos reaisQue tinham me esquecido assim como eu, também,Esquecera um continente nas ruas estreitas”.Derek Walcott,…

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Entrevista: Manthia Diawara e o cinema africano

Em dezembro de 2012, Manthia Diawara esteve pela primeira vez no Brasil para participar do VI Encontro de Cinema Negro: Brasil, África e Caribe realizado no Rio de Janeiro. Nascido em Bamako, capital do Mali, Diawara é cineasta, crítico cultural e professor de Literatura Comparada na New York University (NYU), onde dirige o Institute of Afro-American Affairs (IAAA). Reconhecido como o maior especialista em cinema…

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O cinema de Moustapha Alassane

Moustapha Alassane nasceu em N’Dougou no Niger no ano de 1942. Sua carreira como cineasta começou em 1962, quando produziu quatro curtas-metragens. Seus primeiros filmes de animação foram “Le Piroguier” e “La Pileuse de mil”, com duração dois minutos cada. Porém, foram as animações “A Morte de Gandji”(1965) e “Bon Voyage, Sim” , realizadas em 1965 e 1966, que o tornaram conhecido como o pioneiro…

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Bem Vindos!

Chegamos! Depois de alguns meses de gestação, o Fórum Itinerante de Cinema Negro, o FICINE, ganha vida! Inauguramos hoje a nossa página e queremos, desde já, você participando deste processo que é, em sua origem, coletivo. Contamos com sua colaboração, comentando, criticando e, sobretudo, nesse começo, nos ajudando a divulgar nossa proposta! Semanalmente, teremos aqui na página inicial a publicação de textos (posts) relativos à…

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