A longa viagem de Soulaymane Cissé

Janaína Oliveira Quando em 1969 Soulaymane Cissé terminou seus estudos de cinema no Instituto VGKI em Moscouhavia, havia se passado apenas três anos do lançamento de La noire de… filme de Ousmane Sembène que é considerado o primeiro longa metragem feito por um realizador negro africano. No ano seguinte, Cissé retornou para o Mali, suaContinuar lendo “A longa viagem de Soulaymane Cissé”

Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano

O texto abaixo é uma versão reduzida do artigo publicado por Janaína Oliveira no primeiro catálogo da Semana de Cinema Negro de BH, de 2021. Para ler a versão completa, com todas as referências bibliográficas, clique aqui. Este é o primeiro de alguns textos que vamos publicas nas próximas semanas sobre o FESPACO, cuja ediçãoContinuar lendo “Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano”

A POESIA UNIVERSAL NO CINEMA DE UM HOMEM AFRICANO: ENTREVISTA COM FLORA GOMES

Por Jusciele Oliveira e Maíra Zenun* Foi em janeiro de 2015 que nos conhecemos. Duas doutorandas, estudando a produção de cinema em África, que nunca se cruzaram no Brasil, mas que se viam reunidas com mais um grupo de 30 pessoas, entre docentes e discentes, durante a Escola Doutoral Fábrica de Ideias, que aconteceu emContinuar lendo “A POESIA UNIVERSAL NO CINEMA DE UM HOMEM AFRICANO: ENTREVISTA COM FLORA GOMES”

Um confronto histórico entre Jean Rouch e Ousmane Sembène em 1965: “Vocês nos olham como se fossemos insetos”*

Este diálogo de 1965 se deu entre dois grandes cineastas – um senegalês, o outro francês – cujos principais filmes tem como tema a África. Na época da conversa, o francês Jean Rouch (1917-2004) estava na vanguarda do cinema europeu. Aclamado como um diretor etnográfico, Rouch foi o primeiro a usar o tema “cinéma vérité”,Continuar lendo “Um confronto histórico entre Jean Rouch e Ousmane Sembène em 1965: “Vocês nos olham como se fossemos insetos”*”

Soleil Ô, ou: viagem ao coração das trevas*

Soleil Ô (1967), de Med Hondo, é um filme tão atual quanto algumas das questões que aborda – o racismo, as heranças do colonialismo, a imigração, a diáspora, o exílio, a modernidade, o anonimato da experiência urbana etc. Mas é em sua abordagem dessas questões que o filme encontra sua contundência, que torna possível o transbordamentoContinuar lendo “Soleil Ô, ou: viagem ao coração das trevas*”

Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano (parte 2)*

Os primeiros tempos do cinema africano:a criação dos Festivais de Cinema de Ouagadougou. A necessidade de descolonização das telas de cinema do continente está na base do movimento que faz surgir os festivais de filmes africanos. Foi pensando nesta dimensão que Tahar Cheriaa criou o primeiro festival de cinema do continente: as Jornadas Cinematográficas deContinuar lendo “Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano (parte 2)*”

Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano (parte 1)*

Janaína Oliveira “Quando amamos o cinema, vivemos o FESPACO”. Lemos esta frase em uma faixa de rua eternizada em foto de Michel Ayrault[1]. A faixa, afixada em uma rua no centro de Ouagadougou, capital de Burkina Faso, nos fornece uma dica sobre a importância que este Festival possui para o cinema africano: amar o cinemaContinuar lendo “Descolonizando telas: o FESPACO e os primeiros tempos do cinema africano (parte 1)*”

FICINE no CINEMAISON – 1a sessão

No dia 12 de abril ocorreu a primeira das quatro ocupações que  o FICINE realizará ao longo do ano de 2016 no CineMaison, cineclube da cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro. O início desta parceria não poderia ter sido melhor: o público, que compareceu em grande número, teve a chance rara de assistir em primeiraContinuar lendo “FICINE no CINEMAISON – 1a sessão”