Vinicius Dórea Entre a artesania espiritual e a experimentação formal, Yhuri Cruz tem construído uma obra que tensiona o arquivo, a cena e a própria ideia de imagem como monumento. Herdeiro de uma ética teatral que coloca o espectador no centro e de uma pesquisa visual que desloca os limites do cinema, ele cria dispositivosContinuar lendo “A PRETOFAGIA e o feitiço na obra de Yhuri Cruz”
Arquivos da categoria: Entrevistas
Uma conversa sobre cotas das universidades com o filme Rumo
Vinícius Dórea No último dia 29 de agosto, completaram-se 15 anos desde que a Lei de Cotas foi sancionada no Brasil, uma ação que minimamente tenta pagar a “dívida impagável” (Denise Ferreira da Silva) com grupos que foram historicamente excluídos das universidades, majoritariamente pessoas negras. O cinema brasileiro é diretamente movido pelas alterações que aContinuar lendo “Uma conversa sobre cotas das universidades com o filme Rumo”
“A história do cinema brasileiro se confunde com a história do Otelo”
Um mês inteiro dedicado a revisitar a obra de um dos maiores cronistas – em cena e fora de cena – do Brasil: Grande Otelo, o ator, mas também cantor, compositor e poeta foi foco da Mostra Intérprete do Brasil, que aconteceu no Cine Humberto Mauro, em Belo Horizonte, durante junho de 2025. A mostraContinuar lendo ““A história do cinema brasileiro se confunde com a história do Otelo””
“É urgente que o Brasil pare de ter um cinema identitário: majoritariamente branco, de classe média e sudestino”
Vinicius Dórea O cinema brasileiro se encontra em uma encruzilhada de conceitos, oportunidades de reinvenção e revisão de uma nacionalidade. O Fórum de Tiradentes, ocorrido em janeiro deste ano, agora passa por São Paulo para apresentar o resultado das discussões que aconteceram na cidade de Tiradentes. Na ocasião, será também lançada a publicação de umaContinuar lendo ““É urgente que o Brasil pare de ter um cinema identitário: majoritariamente branco, de classe média e sudestino””
Cinema diaspórico no FESPACO: uma conversa com Janaína Oliveira
Vinícius Dórea Um festival de cinema de tradição estabelecida, cuja força se produz nos laços de criação e pensamento dentro do território africano e para além dele. Um festival que não precisa pedir licença a ninguém. Menos ainda para as chancelas do Norte Global de como esse cinema deve existir, resistir e co-existir com aContinuar lendo “Cinema diaspórico no FESPACO: uma conversa com Janaína Oliveira”
A POESIA UNIVERSAL NO CINEMA DE UM HOMEM AFRICANO: ENTREVISTA COM FLORA GOMES
Por Jusciele Oliveira e Maíra Zenun* Foi em janeiro de 2015 que nos conhecemos. Duas doutorandas, estudando a produção de cinema em África, que nunca se cruzaram no Brasil, mas que se viam reunidas com mais um grupo de 30 pessoas, entre docentes e discentes, durante a Escola Doutoral Fábrica de Ideias, que aconteceu emContinuar lendo “A POESIA UNIVERSAL NO CINEMA DE UM HOMEM AFRICANO: ENTREVISTA COM FLORA GOMES”
Um confronto histórico entre Jean Rouch e Ousmane Sembène em 1965: “Vocês nos olham como se fossemos insetos”*
Este diálogo de 1965 se deu entre dois grandes cineastas – um senegalês, o outro francês – cujos principais filmes tem como tema a África. Na época da conversa, o francês Jean Rouch (1917-2004) estava na vanguarda do cinema europeu. Aclamado como um diretor etnográfico, Rouch foi o primeiro a usar o tema “cinéma vérité”,Continuar lendo “Um confronto histórico entre Jean Rouch e Ousmane Sembène em 1965: “Vocês nos olham como se fossemos insetos”*”
Entrevista: Manthia Diawara e o cinema africano
Janaína Damasceno Em dezembro de 2012, Manthia Diawara esteve pela primeira vez no Brasil para participar do VI Encontro de Cinema Negro: Brasil, África e Caribe realizado no Rio de Janeiro. Nascido em Bamako, capital do Mali, Diawara é cineasta, crítico cultural e professor de Literatura Comparada na New York University (NYU), onde dirige oContinuar lendo “Entrevista: Manthia Diawara e o cinema africano”
