Uma conversa sobre cotas das universidades com o filme Rumo

Vinícius Dórea

No último dia 29 de agosto, completaram-se 15 anos desde que a Lei de Cotas foi sancionada no Brasil, uma ação que minimamente tenta pagar a “dívida impagável” (Denise Ferreira da Silva) com grupos que foram historicamente excluídos das universidades, majoritariamente pessoas negras. O cinema brasileiro é diretamente movido pelas alterações que a lei vai produzir, principalmente quando observamos o cenário de estudantes de graduação dos vários cursos de cinema que existem hoje pelo país. Para pensar sobre essas afetações no campo do cinema, conversamos com os diretores do filme Rumo, um filme que foi lançado em 2022, no Festival de Brasília, e que nas suas derivas híbridas entre o documentário e a ficção, busca, a partir dos primeiros debates sobre cotas na UnB, a estrutura ainda bastante racista das universidades brasileiras, ao mesmo tempo em que ela – a universidade – se torna uma ferramenta importante para o adensamento do letramento racial.

FICINE – Bruno e Marcus, vocês ingressaram na Universidade de Brasília pelo sistema de cotas raciais. O que isso significou para vocês, tanto em termos de acesso à universidade quanto na experiência subjetiva como estudantes negros dentro desse espaço?

Bruno Victor –  Então, eu nunca tinha passado por esse processo de inscrição pelas cotas. A minha primeira vez foi na Universidade de Brasília em 2012 e nessa época eu tinha pouquíssimo letramento racial. Entendi o quanto que era importante ter esse posicionamento quando passei pela banca de heteroidentificação e me autodeclarei negro para outras pessoas pretas. Esse processo foi ainda mais importante porque eu era uma pessoa preta de pele clara e nós sabemos os outros atravessamentos que surgem a partir disso. E isso foi muito importante para eu começar a entender quais são os meus lugares.  Ao entrar na Universidade de Brasília eu tive essa percepção de que aquele ambiente ainda era extremamente branco e isso acabou unindo eu e Marcus, por sermos pessoas pretas dentro de uma sala com muitos alunos e professores brancos. Foi daí que surgiu meu entendimento que é importante produzirmos filmes que refletem a questão racial para de alguma maneira poder retribuir também. Porque é um processo contínuo. Claro que ninguém tem essa obrigação de ter que lutar, mas acho que é minimamente coerente que isso aconteça. Então além da política pública, a universidade foi um lugar de despertar racial e eu pude trazer isso para o meu cotidiano tanto dentro da Universidade quanto dentro de casa. Porque o debate das cotas sociais foi colocado também dentro da minha família e o fato da minha mãe ser pedagoga e já ter acessado a universidade me ajudou a  entender a educação como uma possibilidade de mobilidade social e melhoria de vida. 

Marcus Azevedo – A nossa história é muito parecida, mas eu já tinha passado pela UERJ, que foi a primeira Universidade que eu entrei e que já tinha um processo pioneiro de cotas. Mas funcionava de um jeito diferente, porque você se declarava e já era o suficiente. Eu peguei esse processo inicial onde tudo era muito violento: a reação aos alunos cotistas era extremamente violenta, os professores falavam abertamente na sala de aula que eram contrários aos alunos cotistas e às cotas.  Também em alguns cursos, esses mais elitistas, os trotes foram se tornando muito violentos com os alunos cotistas. E aí, quando eu cheguei na UnB, já foi diferente porque eu tive a experiência da banca de heteroidentificação.  Eu já tinha feito parte da primeira turma do AfroAtitude, que era um projeto de extensão na UERJ só com alunos negros mas foi muito imporante se autodeclarar na frente de outras pessoas negras, enquanto pessoa negra. E, naquele momento da autodeclaração, elas faziam perguntas, porque elas queriam saber como você entendia essas ações afirmativas como uma política pública e o que ela iria gerar depois. Então,  isso já gera uma reflexão logo de cara.  É uma coisa muito doida por que na época que eu entrei na UnB eu já tinha visto várias pessoas negras durante o momento da banca, então eu já sabia que eu iria ver a universidade muito mais negra. Mas ao mesmo tempo eu também tive a mesma percepção do Bruno. O curso de comunicação, tinha três ou quatro alunos negros. E isso porque era jornalismo, publicidade e audiovisual juntos. Hoje isso já está diferente e temos uma universidade mais negra graças a essa política. E eu tenho a mesma experiência do Bruno, o meu letramento vem da universidade. Porque foi na universidade que eu tive contato com  o debate racial, com autores, com o movimento negro, que antes, para mim isso não estava dado. Imagina, eu, um  homem de lá de São Gonçalo. Então, eu e Bruno temos experiências diferentes, mas que acabam convergindo para assuntos muito comuns, como ter passado pelas cotas, também por termos conseguido se enxergar diferente e também procurar uma universidade diferente. Porque nós estávamos com o olhar preparado para buscar aquela universidade das cotas, não uma universidade que já era historicamente branca. 

FICINE – O filme de vocês, Rumo, se constrói a partir da memória do EnegreSer, coletivo que lutou pelas cotas na UnB. Embora vocês não tenham participado diretamente dessa militância, essa conquista é parte da trajetória de vocês. Como é assumir a narrativa de uma luta que antecede a experiência pessoal e que, de certa forma, tornou possível que vocês entrassem na universidade?

Marcus Azevedo – Isso é uma coisa que já estava posta no filme desde sempre. A gente não tinha ideia do que era o EnegreSer logo de cara, mas com o andar do filme fomos descobrindo como era algo muito maior do que a gente imaginava. Por exemplo a gente já sabia que era um movimento vindo tanto do movimento negro externo à UnB quanto da participação das pessoas negras na universidade. Sabíamos que havia uma participação de pessoas brancas também, o José Jorge, por exemplo, mas a gente também sabia que havia pessoas negras muito importantes nesse processo todo e que não estavam sendo faladas. Por isso fomos atrás dessas pessoas negras para contar essa história. E foi surpreendente e maravilhoso conseguir compreender um movimento grande e poderoso como o EnegreSer. O fato de eles serem um coletivo e terem se unido tornou eles muito maiores do que eles seriam individualmente e isso tornou a luta muito mais forte. Então o EnegreSer é essencial tanto na luta lá atrás quanto para recontar essa história sobre uma perspectiva negra nos dias de hoje. 

Bruno Victor-  A Dione Moura foi a relatora das Cotas Raciais durante o processo de aprovação e na universidade ela foi a nossa primeira professora preta. Ela nos apresentou o coletivo Afrobixas. E a partir disso a gente conhece BH, o protagonista do nosso primeiro documentário, Afronte (2017). E depois desse contexto de conhecer o BH, a gente conhece Lia Maria, que era do EnegreSer e nós ficamos extremamente apaixonados por todas as histórias que ela nos contou. Um dia nós ficamos apenas observando ex-membros do EnegreSer conversando e contando todas as suas memórias sobre como foi a implementação, quais foram os desafios e isso foi muito rico para nós.  E é muito legal hoje a gente observar que, de fato, estava tudo conectado. Então, pra nós é um fluxo contínuo de rememorar, de reviver, de celebrar porque uma das coisas que mais impactaram a gente na pesquisa de Rumo foi que a gente não conseguia chegar nos arquivos. Até dentro da própria UNBTV, dentro dos arquivos da universidade, os arquivos eram inexistentes. Então nós tivemos que ir buscar nesse lugar mais afetivo, porque foi nesse lugar que conseguiram preservar as memórias mesmo do EnegreSer e da luta preta dentro da universidade.  Quem implementou a política de cotas raciais não foi o governo Lula, não foi a instituição da Universidade de Brasília, mas sim esses jovens que se uniram e ficaram constantemente, exaustivamente, lutando pela implementação, porque chegou um momento em que não havia mais como refutar. E o nosso encontro com toda essa narrativa foi muito a partir de essas pessoas terem muito orgulho do que elas fizeram. Então, foi a partir de arquivo pessoal, arquivo de família, que a gente conseguiu, de alguma forma, trazer essa discussão. 

FICINE – Então as imagens de arquivo do filme são todas de arquivo pessoal, não tem nada do arquivo da UnB?

Bruno Victor – Quando a gente estava procurando nos arquivos nós encontramos muitos filmes sobre as contas raciais que realmente eram assustadores. O primeiro documentário que a gente teve contato foi um que se chamava “Raça Humana”, que apresentava o debate de uma forma muito estranha, pra dizer o mínimo. Então, todos os materiais institucionais ou obras que a gente encontrou, são importantes, tanto que elas entraram no filme. E elas entraram não só no sentido informativo, mas também para servir como um contraponto do que a gente estava querendo falar. Por exemplo, nós temos acesso a material com falas do Demétrio Magnoli, um jornalista da Globo News, dizendo absurdos sobre as contas raciais. E até hoje ele continua falando absurdos e continua nesses espaços de poder. Então nós temos esses arquivos também, que não são só os arquivos pessoais do Grupo EnegreSer, mas que estão lá justamente para que se entenda o quão animalesco era você participar de uma discussão sobre as contas raciais naquela época. Algumas pessoas até nos questionaram se não era muito violento a gente colocar aquelas imagens e se nós não estávamos caindo em um lugar de reprodução desse discurso. Mas esse  discurso existe ainda hoje. Não é uma questão que está ultrapassada. Esse discurso vem a cada ano, a cada eleição, a cada momento político do país, e aí a gente percebe que as pessoas ainda não estão nem um pouco preparadas para debater as cotas raciais. Ou pelo contrário, elas estão extremamente preparadas para invalidar as cotas sociais ou qualquer tipo de política pública.

Marcus Azevedo – Uma questão importante que a gente percebeu no Rumo é o fato de que, na verdade, é a própria população negra que está guardando a sua memória, porque as instituições em si não estão preocupadas com isso. A UnB tem um discurso de que foi um fato interno da universidade que gerou o debate das cotas. Quando na verdade os debates das cotas estavam acontecendo muito antes disso. Em nenhum momento a universidade cita a pressão que o movimento negro já fazia lá na Conferência de Durban, muito antes de toda a movimentação que aconteceu na UnB. Na verdade, o debate chegou na universidade porque o movimento negro já estava pressionando. Então somos nós que estamos guardando a nossa própria memória, porque as instituições estão prontas para dar o protagonismo para outras pessoas.

FICINE – Lançar Rumo em 2022, ano em que a Lei de Cotas foi revisada, me parece um gesto político. Como vocês perceberam a recepção do filme nesse cenário de debates sobre o futuro da política de ação afirmativa?

Marcus Azevedo – Desde que foi lançado, Rumo tem uma recepção muito boa. O filme ainda gera reações muito interessantes porque as pessoas percebem o quanto esse ainda é um debate necessário. O discurso contra as cotas continua se disseminando muito rápido na Internet e eu percebo isso no meu dia-a-dia como educador. Eu vejo o quanto jovens negros são contrários a políticas de cotas raciais mesmo já sabendo os resultados positivos que essa política afirmativa gerou. Mas além disso, alguns festivais perceberam a necessidade de ter um filme como Rumo na sua programação desde que ele estreou aqui no Festival de Brasília. Nossa última exibição foi no mês de julho, no Julho das Pretas. E depois disso já aconteceu de outras pessoas nos procurarem querendo exibir o filme. Então as pessoas continuam a entender o quanto o filme é atual. O debate é atual. Uma coisa que eu sempre falo é que quando o acesso à educação chegou para a população negra também veio um processo de precarização das políticas públicas. A partir do momento em que a população negra adentra as universidades e temos um número expressivo de alunos negros, a universidade pública começa a ser atacada e começa a ser cada vez mais precarizada. E a mesma coisa se dá com a educação básica. Então assim, Rumo nos possibilitou que a gente debatesse e refletisse sobre tantas coisas que estão além do ponto principal. Acho que o filme tem uma recepção incrível, em todos os lugares que a gente passou. 

Bruno Victor – Eu tive uma experiência na Mostra OJU, que aconteceu dentro do Cinesesc de São Paulo, em que a gente recebeu quatro turmas periféricas de Ensino Fundamental. E depois da exibição do filme, havia uma quantidade expressiva de adolescentes que não sabiam das resistências e do que foi essa luta para a implementação das cotas. Porque hoje ela existe, é um direito e está garantido, na medida do possível. Mas esses adolescentes não faziam ideia desse caminho. Por isso entendi também o quão era importante o filme seguir circulando, até mais nesse viés também da educação, principalmente em escolas. A gente tem feito esse esforço também de levar o filme para as escolas por entendermos o audiovisual como ferramenta fundamental de educação. E é uma forma de integrar alunos à nossa historicidade que eu acho muito frutífera. A gente também teve exibições em contextos políticos e sociais muito interessantes também. Eu considero fundamental que a gente consiga difundir de uma forma inventiva o que foi o processo de implementação das cotas raciais. Eu acho que o Rumo traz uma linguagem que chama a atenção de outros públicos porque o filme têm um afastamento do formato do documentário. Tanto que foi um documentário que ganhou um prêmio de Direção de Arte. Então, a nossa preocupação ali não era só contar a história, mas como contar a história a partir de referências pretas.  Também acredito que o filme teve muito acesso por ser um material que é muito palpável. Ele não é um documentário que você sair exaurido depois de assistir, apesar da densidade das informações que estão ali dentro e  apesar de ter uma carga muito emocional que está no discurso das pessoas. Acredito que o Rumo tem esse lugar especial por onde a gente passa; muitas pessoas choram, ficam emocionadas e recontam as suas histórias também. Os debates estão sempre muito vivos. O filme ainda tem um caminho muito feliz pela frente.

FICINE – E por falar em forma, Rumo mistura depoimentos reais e elementos de ficção, sendo uma docuficção. Como vocês enxergam essa tensão entre realidade e narrativa construída e de que forma ela contribui para contar essa história de lutas e conquistas? 

Marcus Azevedo – Nós já estávamos misturando narrativas ficcionais e documentários desde o filme Afronte. Então, já estamos há alguns anos nesse processo de pesquisa. Há também o fato de termos o desejo de conseguir experimentar outras construções de narrativa e de trabalhar outras questões plásticas e estéticas. Não que o documentário não permita, mas a ficção nos dá muita liberdade para fazer. Então, nós construímos a história de uma família, que na verdade é a história de muitas famílias e que acabou se misturando com a própria história documental do filme. Foi nessa possibilidade de liberdade e de também não saber exatamente quais foram os limites do ficcional e do documental na narrativa que fez a gente construir o roteiro da maneira como ele foi feito. As entrevistas são muito fortes, muito importantes e com muita informação e eu percebo que as pessoas ficam super vidradas nelas. Mas a história ficcional gera um reconhecimento também. Porque ali estão também as nossas famílias. Essa mistura de ficção e documentário nos deu muita liberdade para construir a narrativa do filme e entender que a política pública gerou mudanças em muitas famílias no Brasil todo. 

Bruno Victor – Esse hibridismo foi algo que eu e o Marcos sempre trouxemos para as nossas obras. Hoje eu entendo cada vez mais que a gente tem que se livrar um pouco dessas amarras que o audiovisual propõe para construirmos ou uma ficção ou um documentário, sendo que a gente pode ter uma linguagem muito mais inventiva a partir do hibridismo. Tem coisas que só o documentário não dá conta e tem coisas que só a ficção também não dá conta.

Dentro da ficção tem um pouco das nossas experiências, enquanto pessoas que entraram através das cotas raciais também. Essa valorização de uma mãe que faz isso tudo pela filha para entrar dentro da universidade. Foi uma oportunidade muito rica, não só para a gente, mas também para a nossa equipe, que era uma equipe majoritariamente preta e que também acessou as contas raciais. No processo de ficcionalizar, a gente também teve um lugar de escuta ativa com a equipe. Eu lembro que a gente compartilhava muito as nossas escritas. E foi muito interessante, porque, de fato, a gente sabia que a gente estava criando uma história coletiva. E isso também ajudou a complementar o que era documental também. Então, acredito que o filme precisava ser dessa forma mesmo. Nós usamos todas as ferramentas possíveis para contar essa história: Imagens de arquivo, cabeça-falante, ficção, performance, afrofuturismo.

A gente sabe que pessoas pretas dentro do audiovisual acabam ocupando um sistema de castas em que elas não acessam, por exemplo, a direção, a câmera, a fotografia, a direção de arte, etc. Então, todos no set estavam também entendendo o filme como uma oportunidade de fazer algo que o cinema não estava deixando até então, ou deixava com muita dificuldade. Se eu e o Marcos não criássemos as nossas próprias obras, dificilmente a gente estaria dirigindo alguma outra obra, porque a gente não seria convidado. Então, experimentar a ficção e o documental ali foi muito importante também para a gente mostrar os nossos processos criativos. Estava todo mundo ali com muita sede de mostrar isso. Muita gente na equipe estava pela primeira vez assinando uma direção de departamento em um longa-metragem. 

FICINE – Rumo é uma palavra que aponta para frente, mas só existe porque houve um caminho atrás. A luta do EnegreSer abriu a estrada, o filme registra essa memória, e agora vocês também fazem parte desse percurso. Para onde segue esse rumo?

Marcus Azevedo – Eu estou nesse processo de me estabelecer enquanto profissional do audiovisual. Estou trabalhando em várias frentes, conseguindo participar de alguns projetos que para mim têm sido muito importantes. Estou também construindo algumas parcerias, além da minha parceria com o Bruno, que continua. A Edileuza Penha é também outra parceira e eu tenho feito uns trabalhos com ela. Tenho tentado conseguir realizar outros filmes porque isso é um processo longo e demorado. Eu ainda não vivo essencialmente do cinema, então, por isso que eu falo que ainda estou num processo de me consolidar e acreditar que realmente eu tenho uma carreira cinematográfica. Enquanto isso, em paralelo, venho fazendo minhas pesquisas. Neste momento, estou começando a minha pesquisa no doutorado para investigar o envelhecimento LGBT no cinema. 
Bruno Victor – Eu estou concluindo o meu mestrado. Eu pesquiso memória do arquivo no cinema negro e cinema-ensaio feito por pessoas pretas. Mais especificamente, os filmes Travessia, da Safira Moreira, Tudo que é apertado rasga, do Fabio Rodrigues Filho e Fartura, da Yasmin Thayná. Eu continuo fazendo trabalhos que envolvem questões de raça, gênero e sexualidade. Ano passado, como roteirista, eu lancei a primeira série que eu escrevi, para Paramount e MTV, que é a Helipa – Um Autorretrato, que é um doc reality sobre pessoas periféricas que moram em Heliópolis. Eu também tenho feito curadorias. Já é o segundo ano que eu faço a curadoria de curtas nacionais do Festival de Brasília. Eu sou também conselheiro de diversidade do Cine Brasília e curador dos curtas nacionais que passam junto com a programação do cinema. Atualmente estou desenvolvendo alguns trabalhos autorais, como um documentário sobre uma boate chamada Aquarius, dos anos 70/80, em Brasília, que era um lugar de potência de travestis, transformistas e drag queens e que viveu um momento de repressão policial. Mas é isso, eu sigo muito nesse lugar de sempre estar buscando projetos que tragam pautas raciais e de gênero.

Publicado por FICINE

O FICINE tem por objetivo a construção de uma rede internacional de discussões, projetos e trocas que tenham como ponto de partida e ênfase a reflexão sobre os Cinemas Negros na diáspora e no continente africano.

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